segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Não apenas um caso de saúde pública... também de humanidade!


Fazendo uma breve reflexão do mundo...
As notícias percorrem o mundo todo, de tal forma que é possível ler diversas matérias:
- Número de vítimas no Haiti passa de 200;
- Cresce o número de doentes com cólera no Haiti;
- Haiti sofre com a epidemia de cólera...
etc. etc. etc.

Porque diante de nossos olhos vemos tamanha calamidade e não fazemos nada? Porque diante de tanto sofrimento as pessoas se preocupam em gastar dinheiro por exemplo, em um sutiã com 60 quilates de diamantes brancos e outros 82 de topázios e safiras.. o preço? apenas US$ 2 milhões.
Preciso dizer mais alguma coisa, em relação a "humanização"? Vamos refletir um pouco!

Cólera e Cuidados

Voltando ao assunto nutrição, vou falar um pouco do cólera e cuidados básicos.

O cólera é transmitida por água e alimentos contaminados, podendo matar em poucas horas devido a grande desidratação que acarreta no organismo. A doença pode ser amenizada por água tratada com um pouco de sal e açúcar (um soro caseiro).

Os cuidados básicos são lavar as mãos com água e sabão, evitar vegetais crus, ferver toda a comida e evitar tomar banhos em rios.

Isso seria na base teórica... como evitar a propagação da doença em um local que não há saneamento básico, não há água tratada, não há nem alimentos?!!! Fica complicado não é verdade?

Já imaginou se a água que tivessemos que tomar banho fosse apenas a do rio poluído? e que essa mesma água servisse para matar a sede, cozinhar e lavar as roupas?

Saindo de foco...

Se o governo afirma não ter dinheiro para ajudar a milhões de pessoas que habitam aquele país, está na hora de traçar um plano voltado para a saúde pública. Pensando dessa forma poderíamos amenizar tantas epidemias e endemias como a AIDS que assustadoramente cresce também. Evitar gastos e investir na melhoria do país! Isso é o que as pessoas que fizeram doações esperam.. ação! prestação de contas!

O Haiti precisa de ajuda. Agora eu pergunto: - aqueles US$ 2 milhões fariam uma grande diferença, não fariam? é... acho que nas escolas deveriam inserir uma nova matéria: humanização e solidariedade, talves as pessoas tivessem atitudes em benefícios de todos e não apenas de embalagens, se é que me entendem..

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Desnutrição Energético- protéica

Marasmo Kwashiorkor

A desnutrição energético- protéica (D.E.P.) é um agravo desencadeado por uma má nutrição, na qual são ingeridas quantidades insuficientes de alimentos ricos em proteínas e/ou energéticos a ponto de suprir as necessidades do organismo. Existem três formas da desnutrição ser desencadeada:
- primária: baixo nível sócio- econômico- pobreza, privação nutricional, más condições ambientais levando a infecções e hospitalizações frequentes, baixo nível educacional e cultural, negligência, falta de amamentação, privação afetiva. Neste caso a coreção da dieta bastará para que se obtenha a cura.
- secundária: apesar de haver oferta existem outros fatores que impedem a ingestão e absorção dos alimentos- má absorção, estenose do piloro (estreitamento de uma parte do estômago), ou aumentam a sua necessidade- hipertireidismo. Sua evolução estará na depedência da doença que a ocasionou.
- mista: situação em que os dois mecanismos estão envolvidos.
A baixa ingestão energética leva o organismo a desenvolver mecanismos de adaptação: queda da atividade física em comparação com crianças normais; parada no crescimento (falta de ganho de peso e altura) e alteração da imunidade.
A desnutrição grave pode pode apresentar- se de três formas: Marasmo, Kwashiorkor e Marasmo- Kwashiorkor.
1. Marasmo: criança fica com baixa atividade, pequena para a idade, membros delgados devido a atrofia muscular e subcutânea, costelas proeminentes, pele se mostra solta e enrugada na região das nádegas (principalmente) e coxas, apresenta infecções constantes, comumente é irritadiça e seu apetite é variável.
2. Kwashiorkor: déficit importante de estatura, massa muscular consumida, tecido gorduroso subcutâneo preservado, alterações de pele dos membros inferiores, alterações dos cabelos, hepatomegalia, fase de lua, anasarca e baixa concentração sérica de proteínas e albumina, área perineal frequentemente irritada com dermatites e escoriações devido a diarréias. Apatia exagerada, raramente responde a estímulos e não apresenta apetite.
3. Marasmo- kwashiorkor: a origem pode ser de um marasmo que entrou em déficit protéico ou um Kwashiorkor que passou a sofrer déficit energético.
Estão presentes: retardo da estatura, do desenvolvimento neuro psicomotor e queda da resistência imunológica.
O tratamento da desnutrição está intimamente relacionado com aumento de oferta alimentar, que deve ser feito de forma gradual em função dos distúrbios intestinais que podem estar presentes. Após a reversão desse quadro, fornecer dieta hipercalórica para a recuperação do peso da criança, corrigir distúrbios hidroeletrolíticos, ácido- básicos e metabólicos e tratar das patologias associadas; obtenção da adesão da mãe ao tratamento, o que irá facilitar a recuperação da criança em menor tempo e com maior intensidade.

sábado, 19 de junho de 2010

Doença de Crohn


As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crônicas, de etiologia desconhecida mais capazes de desenvolver uma reação inflamatória na mucosa digestiva de natureza imunológica.
A Doença de Crohn (DC) é uma DII, crônica também com gênese desconhecida, que apresenta por vezes período de agudização. Acomete qualquer parte do trato gastrointestinal, da boca até o ânus de forma segmentar e transmural, ou seja, atingindo todas as camadas da mucosa.
A causa da DC ainda é desconhecida. Acredita- se que pessoas predispostas geneticamente, mais alguns fatores ambientais possam desencadear a doença, exemplo disso são os tabagistas, mulheres que fazem o uso de contraceptivos orais, uso de antiinflamatórios não esteróide, alimentação inadequada e estresse. Lembrando que nenhum desses fatores isoladamente causam a DC, é preciso deixar claro que a pessoa tem que ser geneticamente predisposta.
As complicações incluem hemorragias, fístulas, fissuras, obstrução intestinal, deficiência protéico- calórica, deficiência de micronutrientes e oligoelementos, principalmente o ferro e o zinco.
Devido a inflamação profunda, há uma baixa ingestão de alimentos e também uma baixa absorção de nutrientes, deixando esse paciente com o estado nutricional comprometido.
A doença apresenta 2 fases: a fase ativa e a fase de remissão.
Na fase ativa é fornecida uma dieta hiperproteica, hipercalórica, hiperglicidica, hipolipidica e sem fibras ( por causa da diarréia) e isenta de lactose ( pela deficiência de enzimas lactase na borda escova do intestino, decorrente da diarréia prolongada) evitando assim intolerância a lactose.
Na fase de remissão é fornecida uma dieta hiperprotéica, hipercalórica, normoglicidica, hipolipídica e aumentar progressivamente o teor de fibras para ir regulando o trânsito intestinal.
A DC não é curativa, nem por intervenção cirúrgica, então é preciso saber como atuar na vida desses pacientes para tentar melhorar sua qualidade de vida, visto que a chance de recidivas da doença é alta e o paciente associa as dores abdominais e a diarréia, ao alimento, diminuindo sua ingesta, restringindo ainda mais o seu cardápio.
Tendo em vista a agressividade da doença é necessário ser realizado novos estudos sobre a dietoterapia para diversificar a alimentação desse paciente, bem como diminuir a atividade da doença e previnir, como mencionado, as remissões da doença.

sábado, 17 de abril de 2010






Câmara aprova projeto que obriga escolas
a adotar alimentação saudável


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quinta-feira (15) o Projeto de Lei 127/07, de autoria do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), que obriga creches e escolas do nível fundamental a substituírem, em suas dependências, os alimentos não saudáveis por alimentos saudáveis, conforme critérios a serem estabelecidos por autoridades sanitárias. O projeto vale para estabelecimentos públicos e privados.


A proposta foi aprovada em caráter conclusivo, ou seja, um rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto pode perder esse caráter se houver recurso assinado por 51 deputados. Nesse caso, o projeto precisará ser votado pelo plenário, antes de seguir para o Senado.


De acordo com a proposta, os estabelecimentos não poderão oferecer alimentos não saudáveis em suas dependências, sob nenhum pretexto, nem fazer propaganda deles.


Os estabelecimentos infratores estarão sujeitos às penas previstas na Lei 6.437/77, que define as infrações à legislação sanitária federal. As penas vão desde advertência e multa ao fechamento do estabelecimento infrator.


O autor da proposta destaca que o aumento da taxa de obesidade infanto-juvenil tem provocado maior incidência de doenças como diabetes e hipertensão, ocorrência de cáries e disfunções do aparelho gastrointestinal. Ele lembra, por exemplo, que obesidade e diabetes já foram consideradas doenças típicas de idades mais avançadas.

Na avaliação do parlamentar, uma das causas mais evidentes dessa situação é a mudança dos padrões alimentares e de recreação da população jovem. "O consumo de guloseimas, refrigerantes, frituras e outros produtos calóricos não nutritivos, preparados com conservantes, tem sido um fator determinante responsável pelas doenças precoces e outras insuficiências enfrentadas pela população infanto-juvenil", destacou.