sábado, 19 de junho de 2010

Doença de Crohn


As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crônicas, de etiologia desconhecida mais capazes de desenvolver uma reação inflamatória na mucosa digestiva de natureza imunológica.
A Doença de Crohn (DC) é uma DII, crônica também com gênese desconhecida, que apresenta por vezes período de agudização. Acomete qualquer parte do trato gastrointestinal, da boca até o ânus de forma segmentar e transmural, ou seja, atingindo todas as camadas da mucosa.
A causa da DC ainda é desconhecida. Acredita- se que pessoas predispostas geneticamente, mais alguns fatores ambientais possam desencadear a doença, exemplo disso são os tabagistas, mulheres que fazem o uso de contraceptivos orais, uso de antiinflamatórios não esteróide, alimentação inadequada e estresse. Lembrando que nenhum desses fatores isoladamente causam a DC, é preciso deixar claro que a pessoa tem que ser geneticamente predisposta.
As complicações incluem hemorragias, fístulas, fissuras, obstrução intestinal, deficiência protéico- calórica, deficiência de micronutrientes e oligoelementos, principalmente o ferro e o zinco.
Devido a inflamação profunda, há uma baixa ingestão de alimentos e também uma baixa absorção de nutrientes, deixando esse paciente com o estado nutricional comprometido.
A doença apresenta 2 fases: a fase ativa e a fase de remissão.
Na fase ativa é fornecida uma dieta hiperproteica, hipercalórica, hiperglicidica, hipolipidica e sem fibras ( por causa da diarréia) e isenta de lactose ( pela deficiência de enzimas lactase na borda escova do intestino, decorrente da diarréia prolongada) evitando assim intolerância a lactose.
Na fase de remissão é fornecida uma dieta hiperprotéica, hipercalórica, normoglicidica, hipolipídica e aumentar progressivamente o teor de fibras para ir regulando o trânsito intestinal.
A DC não é curativa, nem por intervenção cirúrgica, então é preciso saber como atuar na vida desses pacientes para tentar melhorar sua qualidade de vida, visto que a chance de recidivas da doença é alta e o paciente associa as dores abdominais e a diarréia, ao alimento, diminuindo sua ingesta, restringindo ainda mais o seu cardápio.
Tendo em vista a agressividade da doença é necessário ser realizado novos estudos sobre a dietoterapia para diversificar a alimentação desse paciente, bem como diminuir a atividade da doença e previnir, como mencionado, as remissões da doença.